Programas e vícios emocionais
A Inteligência Emocional, amplamente difundida na sociedade atual, é sinônimo de equilíbrio e relações positivas, além de ser reconhecida como competência essencial paralelamente ao plano das competências técnicas.
A humanidade tem caminhado para uma era em que ter o controle das emoções diante de cenários turbulentos e instáveis é fator imprescindível de preservação da saúde física, emocional, mental e social. Ao adquirir a habilidade de fazer a gestão da emoção será possível minimizar os adoecimentos psíquicos, como depressão, ansiedades e o estresse, e aumentar o índice de qualidade de vida, felicidade e bem estar.
Para que haja gestão emocional é necessário compreender o principal programa emocional instalado em seu “sistema operacional mental”. O programa emocional desenvolve-se até os 7 anos de idade e é fruto das interações sociais da criança no âmbito familiar ou percepções que teve em relação às experiências vividas nessa etapa. Ou seja, o fato pode realmente ter acontecido ou ser somente uma percepção da criança mas que se torna a sua realidade e tem fator de verdade.
Os programas emocionais englobam as feridas emocionais que são o abandono, rejeição, crítica/humilhação, injustiça, traição e superproteção, e delas derivam uma série de vícios emocionais associados de acordo com a ferida. Os vícios são aqueles comportamentos repetitivos que não promovem resultados positivos para a pessoa, além de comprometer suas relações, seu trabalho, sua paz e felicidade. Dentre esses vícios associados às feridas, podemos citar a procrastinação( muito comum na criança superprotegida), o perfeccionismo( da criança que sofreu/percebeu crítica/humilhação), a comparação( presente na criança rejeitada), além do vitimismo, da necessidade de controle, inferiorização, negativismo, dentre outros.
Ao descobrir sua principal ferida e os vícios que compreendem sua programação emocional é possível começar o processo de mudança e reposicionamento. Mas é preciso acima de tudo estar disponível e desejoso de sair desse lugar que viveu por tanto tempo, mesmo que inconscientemente. É preciso dar o passo fundamental para superar as marcas limitantes de um passado e libertar-se dos aprisionamentos mentais.
Willer Mamede
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